quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O GÊNERO: ARTIGO CIENTÍFICO

É o texto que apresenta um caráter bastante resumido, sintético e conciso da ideia fundamentadora. O artigo deve apresentar adequadamente os objetivos, a metodologia utilizada e os resultados encontrados. É fundamental a apresentação de informações relevantes, conclusões precisas,tabelas e gráficos claros. O artigo científico deve se prestar eficazmente para a representação de um resultado de estudos realizados.

Artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultado sucinto de pesquisa realizada de acordo com a metodologia de ciência aceite por uma comunidade de pesquisadores. Por esse motivo, considera-se científico o artigo que foi submetido ao exame de outros cientistas, que verificam as informações, os métodos e a precisão lógico-metodológica das conclusões ou resultados obtidos.

Em geral, é produção de 40 páginas ou menos. Pode ser resultado de sínteses de trabalhos maiores ou elaborados em número de três ou quatro, em substituição às teses e dissertações; são desenvolvidos, nesses casos, sob a assistência de um orientador acadêmico. São submetidos às comissões e conselhos editoriais dos periódicos, que avaliam sua qualidade e decidem sobre sua qualidade relevância e adequação ao veículo.

O GÊNERO: RESENHA

Definições

É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.

Resenha-crítica:

É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.

Quem é o Resenhista

A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.


Objetivo da resenha

O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.
Veiculação da resenha

A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.

Extensão da resenha

A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas.


O que deve constar numa resenha

Devem constar:

O título
A referência bibliográfica da obra
Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
O resumo, ou síntese do conteúdo
A avaliação crítica

O título da resenha

O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os exemplos, a seguir:

Título da resenha: Astro e vilão
Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson
Livro: Michael Jackson: uma Biografia não Autorizada (Christopher Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995
Título da resenha: Com os olhos abertos
Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995
Título da resenha: Estadista de mitra
Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996


A referência bibliográfica do objeto resenhado

Constam da referência bibliográfica:

Nome do autor
Título da obra
Nome da editora
Data da publicação
Lugar da publicação
Número de páginas


Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço.

Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou caixa.

Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago (Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), é um romance metafórico (...) (Veja, 25 de outubro, 1995).

O resumo do objeto resenhado

O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou idéias do objeto resenhado.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Aleijadinho, um dos maiores intérpretes do Barroco


Confira o vídeo abaixo sobre sua história:

http://www.youtube.com/watch?v=VV0cUVZrd5A

Catedral da Bavaria



~ Arte, Literatura, Pintura e Música Barrocas ~

Num sentido amplo, o barroco pode ser visto como uma tendência constante do espírito humano e, consequentemente, da cultura, presente em todas as manifestações de nossa civilização, sobretudo na história da arte. Representa o apelo ao emocional, ou dramático, em oposição à tendência do intelecto a estabilizar e fixar autoritariamente princípios rígidos। Assim pode-se falar em barroco helenístico, barroco do período medieval tardio, etc.: momentos de libertação de formas, em oposição a estruturas artísticas anteriormente disciplinadas, comedidas, “clássicas”. Em sentido estrito, o Barroco é um fenômeno artístico e literário estreitamente vinculado à Contrarreforma, o que parece reforçado pelo fato de que seu maior desenvolvimento se observou nos países católicos (embora tivesse também acontecido em países protestantes).

Ver mais em: http://www.starnews2001.com.br/aleijadinho/galeria_barroco.html

domingo, 4 de outubro de 2009

Barroco, por Vítor Manuel de Aguiar e Silva

Conceito de Barroco, por Vítor Manuel de Aguiar e Silva.

Barroco, de terminologia da lógica escolástica, considerada ridícula pelos renascentistas.
Na Espanha e em Portugal, o termo Barroco apare4ce no século XVI para designar uma pérola de forma irregular.
No séc. XVII, na França, o termo baroque, também deseigna as pérolas de forma imperfeitamente redondas.
Em cerca de meados de do séc. XVIII, baroque começa a ser ampliado ao domínio das artes, assim, devemos atentar para os seguintes fatos:
a) a transferência, para o domínio da arquitetura em geral, do vocábulo baroque.
b) Extensão do termo mencionado à arquitetura do séc. XVII, de Borromini e Guarini.
c) Esta arquitetura é considerada sem valor.

Para concluir, Giovanni Getto escreve que se deve “admitir um cruzamento no valor da nossa palavra italiana, resultante do contato do adjetivo francês baroque ( de proveniência hispano-portuguesa) e do substantivo italiano barroco ( de derivação escolástica).
Em 1860, Carducci aplica pela primeira vez o vocábulo e conceito de barroco à história da literatura, referindo-se “ao amaneirado dos quinhentistas, ao barroco dos seiscentistas.
Wölfflin caracteriza o barroco como um estilo que se desenvolveu a partir do “classicismo” do Renascimento e estabelece 5 categorias antitéticas – fundamentalmente redutíveis ao binômio táctil-visual:
1) Passagem do linear( renascentista) para o pictórico(barroco);
2) Passagem da visão de superfície(renascentista) para a visão de profundidade(barroco);
3) Passagem da forma fechada para a forma aberta;
4) Passagem da multiplicidade à unidade. No barroco, todas as partes seguem um só movimento;
5) Passagem da claridade absoluta das coisas à claridade relativas dos objetos.

Cronologia Barroca
A literatura européia, por apresentar estados diversos de desenvolvimento, não possui uma manifestação do barroco de forma homogênea. Por questões cronológicas e genealógicas, por exemplo, o barroco na Europa central é muito posterior ao barroco italiano; enquanto na literatura francesa o barroco desaparece praticamente no fim do séc. XVII, em Portugal e na Espanha o barroco resiste até meados do séc. XVIII.

Maneirismo
Ao estilo intermediário entre a arte do Renascimento e a arte do barroco, atribuíram os historiadores das artes plásticas o nome de maneirismo. Com um conceito que pode ser ligado ao artista que imita a um mestre, ou que, em vez de imitar a natureza, manifesta um “desenho interno” (a sua idéia), a sua fantasia.

Barroco e Contra-Reforma
Analisando comparativamente os princípios religiosos e morais da Contra-Reforma com os caracteres morfológicos e o conteúdo da arte barroca, conclui-se que o barroco desenvolveu-se paralelamente com a Contra-Reforma, mas que não pode ser considerada como expressão das aspirações e dos valores essenciais da reforma Católica, embora a Igreja tenha perfilhado a magnificiência e a grandiosidade monumental da arte barroca para exprimir suas idéias, pois também há conhec8imento de um barroco protestante, como por exemplo, na França, na Inglaterra e em países baixos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Manuel Botelho de Oliveira - Poemas



Ponderação do rosto, e olhos de Anarda

Quando vejo de Anarda o rosto amado,
Vejo ao Céu, e ao jardim ser parecido;
Porque no assombro do primor luzido
Tem o Sol em seus olhos duplicado.

Nas faces considero equivocado
De açucenas, e rosas o vestido;
Porque se vê nas faces reduzido
Todo o Império de Flora venerado.

Nos olhos, e nas faces mais galharda
Ao Céu prefere quando inflama os raios,
E prefere ao jardim, se as flores guarda:

Enfim dando ao jardim, e ao Céu desmaios,
O Céu ostenta um Sol; dois sóis Anarda,
Um Maio o jardim logra; ela dois Maios.


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A um grande sujeito invejado e aplaudido

Temerária, soberba, confiada,
Por altiva, por densa, por lustrosa,
A exalação, a névoa, a mariposa,
Sobe ao sol, cobre o dia, a luz lhe enfada.

Castigada, desfeita, malograda,
Por ousada, por débil, por briosa,
Ao raio, ao resplendor, à luz formosa,
Cai triste, fica vã, morre abrasada.

Contra vós solicita, empenha, altera,
Vil afeto, ira cega, ação perjura,
Forte ódio, rumor falso, inveja fera.

Esta cai, morre aquele, este não dura,
Que em vós logra, em vós acha, em vós venera,
Claro sol, dia cândido, luz pura.


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À ILHA DE MARÉ (fragmento)

Tenho explicado as fruitas e legumes,

que dão a Portugal muitos ciúmes;

tenho recopilado

o que o Brasil contém para invejado,

e para preferir a toda a terra,

em si perfeitos quatro AA encerra.

Tem o primeiro A, nos arvoredos

sempre verdes aos olhos, sempre ledos;

tem o segundo A, nos ares puros

na tempérie agradáveis e seguros;

tem o terceiro A, nas águas frias,

que refrescam o peito, e são sadias;

o quatro A, no açúcar deleitoso,

que é do Mundo o regalo mais mimoso.

São pois os quatro AA por singulares

Arvoredos, Açúcar, Águas, Ares.


Poemas de Gregório de Matos III - Satíricos

Define sua Cidade


De dois ff se compõe
esta cidade a meu ver:
um furtar, outro foder.

Recopilou-se o direito,
e quem o recopilou
com dous ff o explicou
por estar feito, e bem feito:
por bem digesto, e colheito
só com dous ff o expõe,
e assim quem os olhos põe
no trato, que aqui se encerra,
há de dizer que esta terra
de dous ff se compõe.

Se de dous ff composta
está a nossa Bahia,
errada a ortografia,
a grande dano está posta:
eu quero fazer aposta
e quero um tostão perder,
que isso a há de perverter,
se o furtar e o foder bem
não são os ff que tem
esta cidade ao meu ver.

Provo a conjetura já,
prontamente como um brinco:
Bahia tem letras cinco
que são B-A-H-I-A:
logo ninguém me dirá
que dous ff chega a ter,
pois nenhum contém sequer,
salvo se em boa verdade
são os ff da cidade
um furtar, outro foder.

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Aos principais da Bahia, chamados os Caramurus.

Há cousa como ver um Paiaiá,
Mui prezado de ser Caramuru,
Descendente de sangue de tatu,
Cujo torpe idioma é cobepá.

A linha feminina é carimá
Moqueca, pititinga, caruru
Mingau de puba, e vinho de caju
Pisado num pilão de Pirajá.

A masculina é um Aricobé
Cuja filha Cobé, cum branco Paí
Dormiu no promontório de Passé.

O branco é um marau, que veio aqui;
Ela é uma índia de Maré
Cobépá, Aricobé, Cobé, Paí.

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